Com mais de 30 anos de atuação no mercado, a Betha Sistemas é uma empresa especializada no desenvolvimento e comercialização de softwares de gestão para administrações públicas municipais, estaduais e federais, incluindo aí o suporte técnico. Sediada em Criciúma (SC), a companhia tem suas soluções em operação em mais de 800 municípios, atendendo quase 1,2 milhão de usuários.
O portfólio de 36 produtos da companhia começou em 1985, com o desenvolvimento de seus primeiros sistemas para clientes do setor de varejo. A Betha encontrou sua vocação em 1989, com o desenvolvimento de um software para área contábil da prefeitura de Nova Veneza (SC): o Betha Sapo, até hoje um dos carros chefes da empresa.
Em 2008, com o lançamento da linha Fly, a Betha inicia oferta de soluções como serviço, que alcançam seu ponto alto em 2017, com o lançamento de uma solução completa de produtos 100% baseados em nuvem.
Quando iniciou o desenvolvimento de seus sistemas baseados em nuvem, a equipe da Betha sentiu a necessidade de buscar um parceiro de nuvem que garantisse escalabilidade e manutenção dos investimentos já feitos. O presidente da Betha Sistemas, Aldo Garcia, lembra que, em 2008, a companhia já contava com sistemas na versão web que ficavam hospedados em um data center próprio, em Curitiba.
“Ao longo de dez anos, tivemos a experiência de máquinas se deteriorando em pouco tempo, além de ter que gerenciar licenças de bancos de dados com políticas comerciais agressivas. Em resumo, um data center próprio gerava alto custo para nós”, revela. Além disso, o data center exigiu da companhia um grande investimento inicial com a aquisição de equipamentos.
“Eram servidores que ficavam altamente disponíveis no início, muitos sem uso nos primeiros anos, e que se tornavam obsoletos muito rapidamente”, diz. Por conta disso, a companhia decidiu ir ao mercado em busca não apenas de um provedor de nuvem, mas de um parceiro que tivesse valores parecidos com os seus.
Depois de um período de análise e visitas a diversos fornecedores, a Betha Sistemas optou pela Amazon Web Services. Segundo Garcia, um dos fatores fundamentais para a escolha foi o impacto que a cultura da empresa vinha trazendo ao mercado. “Sempre olhamos com bons olhos não apenas o produto, mas a maneira de pensar a empresa, com valores muito parecidos com os que a Betha tem. Na AWS vimos estes valores sendo aplicados na prática”, ressalta, lembrando haver uma sinergia e uma relação muito forte entre as duas empresas.
Do lado técnico, a Betha tinha em seu data center alguns ambientes que ainda não operavam em nuvem, como teste, performance e desenvolvimento. Mais que migrados, estes ambientes precisariam ser criados na nuvem. “Vimos na AWS o fornecedor ideal para toda a nossa estrutura, sem contar que em matéria de disponibilidade de serviços eles estavam muito à frente dos concorrentes. Isso foi no final de 2015, início de 2016”, lembra.
Inicialmente, a Betha levou para o ambiente da AWS seus próprios sistemas e pequenos projetos. Em paralelo, construía em conjunto com o novo parceiro o desenvolvimento todo o seu portfólio em cloud. Em 2017, a Betha anunciava a disponibilização de 18 produtos – seus líderes de vendas – 100% cloud e hospedados no ambiente AWS.
“Em janeiro de 2018 começamos a migração de nossos clientes, que vem sendo feita em etapas”, explica. Atualmente, a Betha Sistemas conta com cerca de 20 mil licenças ativas de seus produtos. Destas, 500 estão na AWS. “A maior parte ainda está por vir. Hoje, em nuvem, temos 302 clientes utilizando o eSocial, outros 266 utilizando o Minha Folha e o Educação tem cerca de 105 prefeituras usando AWS”, contabiliza. O Minha Folha é uma solução de comunicação entre servidores públicos e o departamento de RH que facilita a solicitação de serviços, consulta de informações e emissão de documentos pela internet. Já o Educação é um sistema de gestão que traz mais flexibilidade e agilidade aos processos escolares, desde o controle de alimentação dos alunos até o gerenciamento da relação entre pais e professores.
Garcia explica que a migração depende mais da estrutura disponível em cada município do que da disponibilidade. “Há municípios pequenos que não têm estrutura para utilizar o sistema 100% em nuvem. Por isso acreditamos que todos deverão migrar em 10 anos. Estimamos este processo em 1,7 milhão de horas e R$ 85 milhões”, diz.
Mesmo em processo de migração de seus clientes para o ambiente AWS, o presidente da Betha Sistemas afirma já ser possível identificar três grandes benefícios trazidos pela parceria. O primeiro deles é a alta disponibilidade do novo ambiente. “Quando você tem um data center próprio, não é possível injetar máquinas para atender necessidades pontuais de clientes, como folha de pagamento. Isso é sensível para o cliente”, afirma.
Outro ponto é a disponibilidade de uma série de serviços da AWS, que permitem à Betha entregar aos seus clientes tudo o que eles precisam, de maneira mais rápida. “Hoje temos economia na construção de códigos, que são fornecidos prontos pela AWS”, comenta, lembrando que recentemente a companhia começou a utilizar o serviço de banco de dados, que deve representar mais uma redução de custos para os clientes.
E, por fim, a inclusão de novos serviços nas soluções oferecidas aos clientes da Betha. Segundo Garcia, os sistemas da companhia já contam com serviços AWS agregados, o que deve melhorar a experiência dos clientes finais das soluções. “Nossa relação com a AWS é muito boa. Conseguimos criar sinergia”, comemora.
Aldo Garcia acredita que a Betha Sistemas deve avançar muito na utilização dos serviços da AWS. O foco principal são a performance e a disponibilidade de produto para o cliente. “Temos um faturamento grande baseado em um legado desktop e precisamos garantir essa experiência. Cada vez vamos consumir mais estes serviços, porque não conseguimos abraçar o mundo”, diz.
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